domingo, 29 de dezembro de 2013

Posts para categoria ‘Vegetação e Solos’

Análise de solo

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É através de uma análise do solo, que um paisagista saberá como está a sua fertilidade e  obter as indicações corretas sobre o tipo e a quantidade de calcário e adubos a serem aplicados
Essa prática ainda é rara entre a maioria dos paisagistas e empresas que implantam áreas verdes. Na maioria dos casos, esses profissionais se contentam “jogando” um pouco de NPK 10-10-10 ou 4-14-8, pensando que, desse modo, estão adubando corretamente as plantas existentes ou, aquelas que irão ser plantadas.
A nutrição vegetal é algo bem mais complexo. Biologicamente, talvez, possamos compará-la com o processo pelo qual assimilamos nossos alimentos que sustentam nosso vigor físico. Com o intuito de ficarmos mais “fortes” consumimos vitaminas e suplementos minerais, sem saber exatamente quais são nossas carências causando hipervitaminose – o nome técnico dado para o envenenamento por vitaminas -, além de outros efeitos colaterais, um exemplo são os suplementos com altas doses de ferro que podem levar à morte.
Nas plantas, o excesso de nitrogênio, por exemplo, pode resultar em predisposição à doenças e no ataque de pulgões. Os caules crescem demais e as folhas mais velhas ficam longas e descoloridas, enquanto as novas não progridem, atrasando a floração e, nas frutíferas, ocasionando uma baixa produção.
Em altas concentrações, também o fósforo mostra-se prejudicial, já que diminui a disponibilidade de zinco para as plantas, apresentando pequeno desenvolvimento. As folhas mais velhas ficam amareladas e depois pardas entre as nervuras, caindo prematuramente e manifestando raízes claras e mal desenvolvidas.
O estresse nutricional nas plantas se manifesta da mesma forma, no caso do potássio, cujo exagero perturba o sistema radicular. Ou do boro que, aumentado, acaba por motivar clorose, sintoma similar àquele que o cobre causa quando usado em demasia, deixando manchas aquosas e em seguidas mais escuras, enegrecidas.
Como se vê, colocar qualquer adubo traz mais problemas do que soluções, da mesma maneira que quando consumimos vitaminas sem orientação de um nutricionista ou de um médico especialista.
Atualmente é fácil e econômico mandar amostras à um laboratório, para fazer análises completas de solo, incluindo recomendações para adubação no pré-plantio, de acordo com as necessidades das espécies a serem plantadas. Isto traz uma grande vantagem no re-equilíbrio nutricional: as plantas conseguem aproveitar muito melhor a sua resistência natural, minimizando assim problemas com doenças e pragas e ao mesmo tempo evitando uso de agrotóxicos.
Muitos laboratórios incluem receitas de manutenções após as correções, para serem aplicadas mensalmente ou, com a freqüência indicada pelo paisagista.
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O equilíbrio natural da floresta Amazônica

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A Amazônia, como floresta tropical que é, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. As imensas árvores retiram do solo toda a matéria orgânica nele existente, restando apenas um pouco na fina camada de húmus, onde os decompositores garantem a reciclagem de nutrientes. A retirada desses minerais é tão intensa que alguns rios amazônicos têm suas águas quase destiladas. Ficando praticamente sem matéria orgânica, os peixes e animais aquáticos dependem, para se alimentar, das folhas e dos frutos que caem das árvores. Para que possa ocorrer a reciclagem dos nutrientes, é preciso haver um grande número de espécies de plantas, pois cada uma desempenha uma função no ecossistema. As monoculturas naturalmente comprometem esse mecanismo e, por isso mesmo, não são recomendáveis.
Os animais, que se alimentam das plantas ou de outros animais, também contribuem, com suas fezes, para o retorno da matéria orgânica ao solo. Além disso, eles têm importante participação na polinização das flores e na dispersão dos frutos e das sementes.
As constantes chuvas que caem na Amazônia têm um papel fundamental na manutenção do ecossistema. Muitas vezes as águas nem chegam a atingir o solo, uma vez que ficam retidas nas diversas camadas de vegetação, sendo rapidamente absorvidas ou evaporando-se ao término da chuva. São elas que garantem a exuberância da floresta.
Todos os elementos, clima, solo, fauna e flora, estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como o principal. Todos contribuem para a manutenção do equilíbrio, e a ausência de qualquer um deles é suficiente para desarranjar o ecossistema.
Retirando-se a vegetação, por exemplo, esta levaria consigo a maior parte dos nutrientes, e o pouco que restasse seria carregado pelas fortes chuvas que passariam a atingir diretamente o solo. Sem a existência dessa matéria orgânica, a floresta não conseguiria se reconstituir, e a tendência natural seria sua desertificação. Dificilmente, porém, teríamos um deserto total, pois a permanência dos ventos alíseos oriundos do oceano seria capaz de garantir a umidade necessária para algumas formas de vegetação.
Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destruído. E qual seria a consequência disso para o globo?
Durante muito tempo atribuiu-se à Amazônia o papel do “pulmão do mundo”. Hoje sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumido à noite. No entanto, em razão das alterações climáticas que causa no planeta, ela vem sendo chamada de “o condicionador de ar”. “O desmatamento da Amazônia pode, aparentemente, causar alterações no clima de todo o planeta, com uma possível elevação da temperatura global pela eliminação da evapotranspiração”. Além disso, o gás carbônico liberado pela queima de suas árvores poderia contribuir para o chamado efeito estufa, novamente aquecendo a atmosfera.
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Floresta Equatorial

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Floresta Equatorial corresponde a um tipo de formação vegetativa que se desenvolve principalmente na Zona Intertropical da Terra, que possui elevadas temperaturas e índices pluviométricos em toda extensão do ano.
Essas características são fundamentais para o desenvolvimento da biodiversidade. Nessas regiões ocorrem grandes florestas com formas exuberantes e densas. Nesses lugares existe uma variedade de vegetação e animais.
As Florestas Equatoriais oferecem uma condição favorável para o surgimento de uma enorme diversidade de vida. A composição vegetativa é de árvores altas com copas largas que se confrontam e que quase não permitem a entrada da luz do sol. É por isso que no interior da floresta é muito escuro.
m geral, os solos das florestas são pobres, porque o que existe é somente uma estreita camada composta por uma enorme quantidade de matéria orgânica denominada de húmus, que é formado a partir da decomposição de folhas e animais, favorecida pela elevada umidade e energia.
A composição vegetativa em questão é possível de ser identificada no Brasil (na Floresta Amazônica), no sudeste asiático e em alguns pontos africanos. Nas Florestas Equatoriais suas árvores estão sempre muito próximas e com alturas variadas que podem atingir 60 metros.
Nos lugares que apresentam Florestas Equatoriais as temperaturas médias são elevadas no decorrer de todo o ano, sempre acima dos 25ºC e as amplitudes térmicas são bastante modestas. As chuvas são bem distribuídas durante o ano e não há períodos de seca e nem distinção entre as estações do ano.
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As paisagens vegetais do Brasil

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O Brasil apresenta, em seu extenso território, distintas paisagens vegetais que variam de acordo com as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no país.
A palavra fitogeografia quer dizer geografia dos vegetais ou como esses estão dispersos e classificados ao longo de um território. As vegetações presentes no planeta são derivadas de uma série de elementos, tais como luminosidade, temperatura, variedade de solo e umidade.
Os elementos que mais determinam uma vegetação são o clima e o solo, esses são responsáveis pela variedade de espécies da flora, um exemplo disso são as zonas intertropicais que, em razão do calor e a umidade, apresentam grandes florestas.
Os vegetais são distintos por causa de muitos fatores, um deles é proveniente da quantidade de água que determinadas plantas necessitam para sua manutenção, nesse caso existem três tipos distintos: as higrófilas, que se proliferam em ambientes com grande concentração de umidade; as hidrófilas, representam o grupo de vegetais que são adaptadas à água; e as xerófilas flora, que sobrevivem com a escassez de água.
No caso das vegetações presentes no território brasileiro é bom ressaltar que o fato de estudar as coberturas vegetais do Brasil não quer dizer que essas estão com seu aspecto natural, diante disso, o que é abordado é o estudo dos aspectos vegetativos originais, pois o espaço geográfico do país vem passando por uma série de transformações para atender aos interesses e às atividades humanas.
O território brasileiro abriga uma variedade de coberturas vegetais proveniente de muitos fatores, dentre os principais estão: a localização geográfica onde há uma elevada temperatura, além de possuir uma extensa área de aspecto continental, que também proporciona uma diversidade de fusos, climas, vegetações entre outros.
Apesar da grande diversidade natural da flora presente no Brasil, atualmente existe somente 60% de áreas conservadas, isso para atender as atividades produtivas como a produção agropecuária, o processo de urbanização e o extrativismo (vegetal, mineral e animal).
Levando em conta as características naturais e originais dos tipos de vegetações existentes no Brasil, podemos encontrar as principais, que são:
Floresta Amazônica: é uma cobertura vegetal de origem equatorial constituída por uma grande variedade de espécies com grande concentração de plantas higrófilas, as árvores são de grande porte e copas largas, ou mata fechada, essa pode ser encontrada nos Estados do norte do país. Apesar de aparentemente apresentar uma cobertura homogênea existem diferenças, dessa forma podem ser classificadas em Mata de igapó (ocorre nas margens de rios que se encontram alagadas o ano todo), Mata de várzea (abriga uma imensa variedade de espécie e passa por inundações em determinados períodos do ano) e Mata de terra firme (não sofre inundações e ocupa grande parte da região).
Mata Atlântica: corresponde a uma cobertura vegetal tropical com árvores altas e densas, atualmente só resta um pequeno percentual, cerca de 7% , dessa importante vegetação que já cobriu grande parte do Brasil, pois cobria desde o litoral do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte e algumas partes mais interiores como São Paulo, Minas Gerais e Paraná e já abrigou uma riquíssima biodiversidade e ecossistemas.
Caatinga: vegetação característica de clima semi-árido que ocorre no sertão nordestino, constituído por plantas adaptadas à escassez de água, possui aspectos singulares com caules grossos e raízes profundas para garantir a sobrevivência ao longo de extensos períodos sem chuvas, nesses momentos essas plantas perdem suas folhas para evitar a transpiração e perda de umidade.
Floresta subtropical ou Araucária: ocorre na região sul onde prevalece o clima subtropical, dessa vegetação aciculifoliada, de árvores que atingem até 30 m e faz parte da família das coníferas, devido à intensa exploração através da agricultura e extração de madeira, só restam 3% do total original.
Cerrados: vegetação composta em geral por vegetais com troncos retorcidos e folhas grossas, é influenciado pelo clima tropical típico, com duas estações bem definidas, sendo uma seca e uma chuvosa. Essa cobertura vegetal é mais comum no centro-oeste do Brasil. O cerrado não é uma vegetação homogênea, pois existem variações em sua composição, desse modo existem os subsistemas do cerrado que são: cerradão, cerrado comum ou típico, campos e cerrado. A tortuosidade das árvores do cerrado é proveniente da acidez do solo e da alta concentração de hidróxido de alumínio.
Pantanal: nesse domínio é possível identificar uma série de coberturas vegetais, desse modo a região pode ser compreendida como sendo uma área de transição entre diferentes tipos de ecossistemas apresentados no território brasileiro. Diante da heterogeneidade do pantanal quanto a cobertura vegetal podemos destacar a presença de campos que periodicamente permanecem inundados no período chuvoso, além de floresta tropical e equatorial, esse domínio ocorre nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O pantanal é conhecido como um refúgio ecológico.
Campos: corresponde a um tipo de vegetação que possui plantas rasteiras compostas por gramíneas herbáceas e arbustos, essa característica vegetal ocorre com maior concentração no estado do Rio Grande do Sul.
Vegetação litorânea: conhecida também por áreas de mangues, essa vegetação é encontrada em regiões costeiras, composta por arbustos e espécies arbóreas e pode ser classificada em: mangue-vermelho, mangue-branco e mangue-siriúbo.
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Floresta Caducifólia

Floresta Caducifólia
A floresta caducifólia é um tipo de floresta constituída por árvores de folha caduca (ou seja, com folhas que caem no Outono, voltando a nascer na Primavera), sendo característica dos climas temperados marítimos.
No Outono, as folhas das árvores exibem cores características desse tipo de vegetação, como vermelho, alaranjado, dourado e cobre.
Esse tipo de vegetação, em sua composição original, ocupava vastas áreas do continente europeu, litoral nordeste dos Estados Unidos e sudeste do Canadá. No entanto, sua constante exploração resultou em uma diminuição relevante das áreas nativas, e as que restaram se encontram protegidas por severas leis ambientais.
Nos lugares que apresentam esse tipo de composição vegetativa predomina um clima com as quatro estações do ano bem distintas, sendo que os invernos são rigorosos e ocasionalmente ocorre precipitação de neve e as chuvas são regulares em todo o decorrer do ano.
Neste tipo de florestas as espécies arbóreas formam geralmente um estrato bastante homogêneo. Das espécies que se encontram neste tipo de floresta, as mais representativas são o carvalho, a nogueira, o castanheiro, a faia, o vidoeiro, o choupo, o olmo e a tília. A densidade das espécies arbustivas e herbáceas depende, em grande medida, da densidade das espécies arbóreas.
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O solo apropriado

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A qualidade da mistura tem uma importância decisiva para o desenvolvimento das plantas ornamentais. Assim, alguns insucessos no cultivo em vasos ficam a dever-se a condições insuficientes do solo. Quando a qualidade do solo é má, as reações negativas sucedem-se. Muitas vezes, apenas através do reenvasamento se consegue salvar uma planta.
Cada substrato deve apresentar determinadas qualidades sem as quais as raízes das plantas não são capazes de desempenhar a sua tarefa de assimilar água e substâncias nutritivas. Uma boa mistura para as plantas deve ser rica em substâncias nutritivas, arejada e quente, bem como bastante porosa e permeável, para que as raízes possam receber oxigênio, por outro lado, o substrato deve também armazenar a água para que esta e as substâncias nutritivas não atinjam as raízes demasiado rápido.
As misturas à base de terra e as misturas à base de trufa são misturas que contêm terra e adubo, que se pode retirar do próprio jardim, especialmente desenvolvido para misturas para plantas. Não apresentam inconvenientes a nível de higiene e possuem uma qualidade constante. A mistura à base de terra é composta por 60 a 80% de turfa branca e 20 a 40% de barro do subsolo e de argila, bem como de cal e suplementos de substâncias nutritivas.
Devido aos perigos da formação de lodo causada pela dissolução da turfa, cada vez mais se adicionam produtos de casca. Existem dois tipos de misturas à base de terra: a versão mais adubada, adequada a maioria das plantas ornamentais e a mistura com menor adição de adubo, para o cultivo de plantas jovens (mistura de cultivo) e para plantas sensíveis aos sais, como por exemplo, as bromeliáceas ou as palmeiras. Com características igualmente boas, existe o substrato de turfa para cultivo; de fato, este substrato armazena muita água. A combinação de mistura para plantas com este último tipo de substrato dá também bons resultados. Existe também uma variedade de substrato com menor quantidade de adição de adubo e outra variedade com maior quantidade de adição de adubo. Poderá aconselhar-se durante a compra.
Hoje em dia, a seleção de recipientes para as plantas é impressionante em todas as dimensões, cada planta encontra facilmente o vaso apropriado.
A qualidade de mistura dentro do vaso altera-se com o passar do tempo. As substâncias nutritivas são absorvidas, a rega e adubações frequentes levam à “irritação” do solo. É chegada o momento de renovar a mistura, preferencialmente na primavera. A única época em que as plantas não devem ser reenvasadas é no período de repouso vegetativo invernal, em que, aparentemente, o crescimento é interrompido. Neste estado, não deve haver qualquer perturbação. Naturalmente, também não se reenvasam plantas quando estas se encontram em plena inflorescência.
Deve-se colocar mistura fresca uma vez por ano, no caso das plantas ornamentais médias, e em cada dois ou três anos, no caso de plantas grandes. Uma planta precisa ser reenvasada, quando a superfície superior do substrato está cheia de musgo e possui crostas ou então quando as raízes começam a estender-se para fora dos orifícios. Nessa altura, deve-se colocar num recipiente mais espaçoso para o seu emaranhado de raízes.
Conheça que tipo de solo é o seu
·  Solos mais escuros são geralmente mais férteis, retém mais água mas sofrem mais com doenças e compactação.
·  Solos mais claros são geralmente mais ácidos.
·  Poça com água mais turva pode indicar solo mais ácido.
·  Plantas como samambaia, tiririca, sapé, carrapicho-de-carneiro e capim-rabo-de-burro podem indicar solos mais ácidos.
·  Solo com pouca variedade de plantas e principalmente do tipo capim ou grama espontânea indicam solo menos fértil;
·  Solo com plantas de folha larga, maior diversidade de planta e espécies com raízes mais flexíveis indicam solo mais fértil.
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Mantenha o solo rico em minerais

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O desenvolvimento das plantas depende diretamente dos nutrientes presentes no solo e da capacidade de absorvê-los. Aprenda a manter um bom equilíbrio de minerais para ter plantas saudáveis.
1 – Renove regularmente o material orgânico do solo para garantir que o substrato continue rico em nutrientes;
2 – Mantenha o terreno sempre nivelado para impedir que a água da rega (ou da chuva) cause erosão no substrato, arrastando os nutrientes;
3 – No caso dos terrenos inclinados, crie sulcos perpendiculares à inclinação, semelhantes ao antigo sistema de terraceamento;
4 – Controle o pH (potencial hídrico) do solo, porque se este for inadequado influirá na solubilidade dos nutrientes e impedirá as plantas de absorvê-los;
5 – Evite o excesso de um determinado nutriente porque isso impedirá a planta a absorver outros tipos de nutriente;
6 – Antes de começar um cultivo, retire uma amostra do solo e mande para uma análise de laboratório. Assim você comprovará se o terreno conta com os nutrientes essenciais.
A rotação de culturas favorece o equilíbrio dos nutrientes necessários para um solo saudável.
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É a terra que nutre e fixa a maior parte das espécies vegetais. Por isso, precisa de especial atenção e de todos os mimos que podemos dar a ela.
Quem gosta de plantas precisa saber “sujar” as mãos com terra, pelo menos de vez em quando. Pode-se tocar o substrato para sentir a textura, a umidade, a temperatura, a granulação ou só colher uma amostra para análise laboratorial, mas uma coisa é certa suas condições devem ser um ponto constante de observação, já que estar atento às condições ao substrato com que se trabalha é requisito básico para o sucesso do quer que se deseje plantar.
Obviamente, em casos anormais, certos diagnósticos só podem ser dados após a consulta a um profissional, mas, pensando na situação corriqueira de um jardim de quintal e na manutenção dos vasos de casa, não é preciso ser nenhum expert em agronomia ou biologia para obter algumsa informações importantes sobre o solo. Basta prestar um pouco de atenção em alguns critérios importantes.
TexturaTerra lisa, úmida e viscosa indica presença de argila, com tendência a empedrar, compactar e rachar se não for cuidada. Pode ser rica em minerais, como ferro e alumínio.
Terra seca, fofa e leve é mais arenosa, arejada e permeável, mas apresenta tendência a estar misturada com cascalho ou partículas maiores, podendo apresentar mais dificuldade para reter os nutrientes.
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Escura
 – indica presença de matéria orgânica e boa fertilidade. Também pode ser indício de que o pH é mais ácido e de que o ambiente tem boa oferta de magnésio
Vermelha - normalmente, quer dizer que a terra está rica em ferro. Muitas pessoas acreditam que toda terra vermelha é argilosa, mas nem sempre isso é verdade – assim como pode haver argila em solos de outras tonalidades.
Clara – sinaliza para o meio alcalino, e requer cuidados redobrados com pragas e doenças.
Amarelada – esbranquiçada ou bege clara indicam presença forte de areia e cascalhos.
IrrigaçãoQuando surgem pequenas poças ao molhar, provavelmente, é indício de que tem bastante argila em sua composição e há grande chance de o pH ser ligeiramente ácido.
Drenagem
Quando a água escoar rapidamente, isto significa que o solo tem grande capacidade  de drenagem e/ou é mais arenoso. Também  pode ser indício da presença de minhocas e outras espécies benéficas da microfauna ou, ainda, de muita pedra e cascalho.
Infiltração
Ao reter muita água sobre a superficie, o solo está sinalizando que há algum problema de infiltração ou o solo é compactado.
Superfície barrenta
Se o solo fica barrento ao receber água, porém sem poças, ele tem composição mista, nem muito argiloso e nem arenoso demais, eventualmente composto por silte.
De forma geral, o pH natural do solo no Brasil é levemente ácido, e essa condição costuma ser benéfica para boa parte das principais plantas de jardim que são cultivadas no país. Mas, como tudo na vida, o excesso desequilibra o bom funcionamento de qualquer sistema. Diante da suspeita de que há alguma descompensação séria na terra, submeta o material a análise em laboratórios de institutos agronômicos ou universidades. Com base nos resultados. Você terá condições de saber qual a melhor forma de corrigir ou equilibrar a terra.
Com base nas informações, algumas ações simples e naturais podem ser adotadas para equilibrar ou corrigir o que for preciso. Confira.
Excesso de argilaMisture bem um pouco de húmus à primeira camada de terra e aplique esterco curtido com certa regularidade, sempre seguido de uma camada bem fina de serragem ou palha. Além disso, dê preferência para garfos, tridentes e ferramentas mais serrilhadas ou perfurantes na hora de revolver o solo, evitando pás e enxadas.
Muita areia
Realize um trabalho constante de adubação com húmus. Tente plantar, pelo menos, algumas espécies de porte médio e grande, para evitar que as partículas da terra sejam carregadas para longe, assim como plantas com raízes de crescimento rápido.
pH muito básico
Agregações de composto orgânico e bastante rega costumam dar conta do recado. Também se pode recorrer a cascas e agulhas de pinus.
pH ácido demais
Basta acrescentar cinza de madeira ou pó de rochas, ostras, lagostas e conchas moídas.
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O solo é muito importante nos Jardins

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Solo é a base para fixar, sustentar e nutrir as plantas de um jardim, portanto quanto melhor estiver seu preparo como limpeza, retirada de lixo, entulhos, controle de plantas indesejáveis e uma correta adubação. Mais belo e exuberante se mostrarão as plantas por um longo período. Lembre-se num jardim muitas coisas podem ser refeitas ou modificadas, porém, se o solo não estiver devidamente preparado no momento da implantação como melhorias de suas propriedades físicas e químicas, os custos para resolver os problemas aumentam consideravelmente. E os transtornos gerados são inúmeros. Portanto é de extrema importância conhecer o solo em que se está trabalhando para obter como resultado um jardim com plantas bem nutridas e saudáveis.
Planta pereneTêm seu ciclo de vida perene, indefinido e, uma vez plantadas, só precisam de tratos culturais como podas, regas e adubações. A vantagem das plantas perenes é que permanecem por vários anos, florescendo, algumas, muitas vezes ao ano.
Planta AnualSão aquelas que completam seu ciclo de vida em um ano precisando, após isso, serem replantadas com todo preparo adequado do terreno. Esse tipo de planta ornamental é semeada em determinadas épocas e uma vez terminada a floração devem ser arrancadas, pois não terão mais duração.
Classificação das Plantas Quanto ao Ciclo de VidaEsta classificação importa principalmente na manutenção do jardim. Na fase de implantação não influi tanto, mas a manutenção se torna mais cara ou mais barata conforme a escolha das plantas. Quanto ao ciclo de vida, classificam-se as plantas em anuais, bianuais e perenes.
Manutenção de CoberturaUma vez ao ano convém cobrir a superfície do gramado com uma leve camada de terra, com o objetivo de nivelar o terreno e revigorar a grama. Utiliza-se para isso terra das camadas profundas do solo, situadas a, pelo menos, 50 cm abaixo da superfície do mesmo, como forma de se prevenir contra a proliferação de ervas daninha.
Como Melhorar a Drenagem em VasosTratando-se de vasos, deve-se criar uma camada para drenagem no fundo dos mesmos, constituída por brita, argila expandida, cacos de vasos de barro ou outros materiais apropriados e devidamente esterilizados. Para facilitar o escoamento do excesso de água, e ao mesmo tempo impedir que a terra escorra pelo fundo do vaso, é preciso também colocar sobre a camada de drenagem, um pedaço de manta geotêxtil (manta de bidim), antes de colocar a terra.
Regas em Períodos de EstiagemO jardim em épocas secas do ano deve ser regado, diariamente, uma só vez nos dias frescos e duas vezes nos dias quentes. Em geral, basta fornecer água suficiente para que o solo fique úmido, sem encharcá-lo. Deve-se evitar a rega a pleno sol, preferindo-se sempre realizá-la às primeiras horas da manhã ou ao final da tarde.
Manutenção e FertilidadeUm método natural do controle de pragas e doenças nos jardins é a manutenção permanente da adubação do solo. Com essa providência, as plantas estarão sempre bem nutridas, o que lhes assegura uma estrutura celular vigorosa, resistente às infecções e infestações. Portanto convém estar sempre alerta para o fato de que as plantas mal nutridas tendem a ser mais susceptíveis ao ataque de pragas e doenças.
Drenagem em Canteiros
Os canteiros devem ficar mais altos, em relação ao nível do terreno, cerca de vinte centímetros. Isso contribui para a drenagem da água, evitando também a erosão e perda de solo, que são provocadas naturalmente pela chuva.
Rega adequadaA rega diária das plantas, com a ausência de chuvas, fazendo com que a água lave suavemente as folhas e os ramos, é um bom procedimento preventivo para o controle de pragas, tais como as cochonilhas e os pulgões.
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Mata Ciliar

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Mata ciliar é a vegetação que ocorre nas margens dos rios, fontes de água, córregos, nascentes e correlatos. Ela é considerada pelo Código Florestal “área de proteção permanente”.
Não há uma única “mata ciliar” (o nome se origina da aparência da mata a um “cílio” que protege o curso d’água dos obstáculos que podem levar ao assoreamento); cada ecossistema específico tem uma fauna ribeirinha própria com nomes diversos, que são escolhidos de acordo com critérios regionais ou espécies predominantes. Há matas ciliares de Norte a Sul do país e cada região tem espécies de plantas endêmicas.
Cedro rosaCedro-rosa (Cedrela fissilis)
Matas ciliares tem espécies que predominam com maior frequência, de acordo com a região geográfica, o clima e o relevo, como a canela-preta (Nectandra megapotamica), os diversos tipos de figueiras (Ficus), o leiteiro-graúdo ou pau-de-leite (Sapium glandulatum) e o cedro-rosa (Cedrela fissilis), entre outras.
A importância ambiental da mata ciliar é enorme. As espécies de plantas desenvolvem uma teia radicular que reforça as margens e ribanceiras, evitando a erosão que pode assorear a vertente d’água; a mata ciliar é um filtro natural do ecossistema aquático, absorvendo nutrientes para toda a vida presente e evitando a perda deles, além de impedir o escoamento de rochas que provocam o assoreamento; mantém a temperatura em níveis adequados graças às áreas sombreadas pelas copas das árvores, que impedem a incidência direta dos raios solares; além de prover alimentos e ambiente saudável aos peixes e outros animais típicos deste tipo de vegetação.
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Posts para categoria ‘Fungos’

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O principal  inimigo das Orquídeas são os fungos. Por este motivo são muitas as reclamações de pessoas que estão um tanto quando frustradas por ter comprado orquídeas e depois de certo tempo, começam a adoecer e acabam morrendo. Se você quer ter belas plantas e conservá-las bem saudáveis é precisa tirar um tempinho para aprender um pouco sobre isso, acredito que se você gosta de plantas e principalmente de orquídeas é melhor você investir um pouco em conhecimento antes de comprar mais orquídeas.
Para se ter orquídeas saudáveis é preciso aprender a combater os fungos, doenças causadas por fungos além de deixar as orquídeas com aspecto feio, pode levar a orquídea a morte em pouco tempo.
Combater essas pragas requer varias ações. Não se acaba com as doenças causadas por fungos de um dia para o outro, ou com uma ação isolada, porém, ou você acaba com eles ou eles acabam com suas orquídeas, essa é uma guerra que você precisa travar.
Controle a umidade
Umidade excessiva é a principal causa do aparecimento de fungos.
Se suas orquídeas recebem água da chuva use um substrato que seque mais rápido, uma boa dica é a mistura de casca de pinus, carvão e fibra de coco. Troque o substrato de sua orquídea a cada does anos, substrato velho facilita o ataque de fungos. Ventilação e arejamento, quanto mais abafado for o lugar onde suas plantas estão melhor será para os fungos, e pior para suas plantas.Se suas orquídeas ficam em lugares onde você tem o controle da rega é mais fácil de controlar a umidade, é simples, controle o impulso de molhar sua planta, só volte a regar sua orquídea quando ela estiver seca, molha espera secar molhe novamente.Use dreno em seus vasos, coloque pelo menos três dedos no fundo do vaso de brita ou pedrisco, serve também cacos de telha. De preferência a vasos que tenha furos na lateral, isso melhora a oxigenação das raízes das orquídeas, se o vaso for de plásticos e não tiver furos na lateral você mesmo pode fazer esses furos usando um ferro quente.
Ferramentas infectadas.
Se você usar uma ferramenta em uma orquídea infectada e depois usar a mesma em outra orquídea sem esterilizá-la essa orquídea também vai ficar doente. Cuidado principalmente com as ferramentas cortantes. Você pode esterilizá-las flambando-as na chama do fogão.
Mas se mesmo assim os fungos aparecerem ainda resta uma esperança, procure um agrônomo e converse com ele para ver qual o melhor fungicida para suas orquídeas.
Todas as lojas que vendem produtos para lavoura têm um agrônomo, tire fotos de suas orquídeas doentes e leve para que ele veja.
Os fungicidas podem ser sistêmicos ou de contato
Os fungicidas sistêmicos penetram na planta e mata os fungos, já os de contato como o próprio nome sugerem, é de contato, ou seja, não penetra na planta, fica na superfície do vegetal. Os fungicidas de contato são usados principalmente como preventivos, e os fungicidas sistêmicos são usados principalmente quando a planta já está sendo atacada pelos fungos, ou seja, são usados como curativos.
Os mais usados são:
Sistêmicos
Cercobim ou Derosoll 500, com aplicações a cada 3 meses.
De contato
Dithane, Captan ou manzate, com aplicações mensais.
fonte
calda bordaleza
A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece.
Como preparar a calda bordalesa
A formulação a seguir é para o preparo de 10 litros; para fazer outras medidas, é só manter as proporções entre os ingredientes.
a) Dissolução do sulfato de cobre: No dia anterior ou quatro horas antes do preparo da calda, dissolver o sulfato de cobre. Colocar 100 g de sulfato de cobre dentro de um pano de algodão, amarrar e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna; uma vez dissolvido, a água ficará com um tom azulado.
b) Água de cal: colocar 100 g de cal em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida, adicionar 9 litros de água, aos poucos. Quando comprar a cal virgem, deverá ser nova e de boa qualidade com alto teor de cálcio (90%). Ao colocar a água, quando a cal é nova e de boa qualidade, observa-se uma reação da mesma
c) Mistura dos dois ingredientes: Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução de sulfato de cobre dentro do balde da água de cal.
d) Teste da faca: Para ver se a calda não ficou ácida, pode-se fazer um teste, mergulhando uma faca de aço comum bem limpa, por 3 minutos, na calda. Se a lâmina da faca sujar, isto é, adquirir uma coloração marrom ao ser retirada da calda, indica que esta está ácida, devendo-se adicionar mais cal na mistura; se não sujar, a calda está pronta para o uso.
Sua aplicação nas plantas deverá ser no entardecer, com as plantas secas, dia não chuvoso, evitando-se aplicá-la em dias muito frios e sujeitos a geadas. Devemos aguardar dois dias da aplicação para irrigarmos normalmente conforme nosso costume. Convém lembrar que a calda bordalesa deverá ser usada no máximo três dias depois de pronta, pois perde sua eficácia. Essa calda não afeta o meio-ambiente.
Entre uma e outra aplicação, devemos aguardar um período de cerca de 15 dias, seguida ou precedida de uma pulverização com adubo. Ou seja, se tivermos aplicado hoje por exemplo, uma solução líquida de adubo, deveremos respeitar um mínimo de 15 dias para procedermos a uma aplicação anti-fungos com a calda bordalesa e vice-versa.
Os componentes desta calda, além de serem fungicida e bactericida, em especial contra a antracnose (certas manchas pretas das folhas das orquídeas), acabam sendo nutrientes. Havendo uma e outra planta atacada, devemos separá-las das demais fazendo uma calda em menor quantidade e pincelar com escova dental de cerdas macias, somente as “doentes”. A aplicação da calda evita propagação do fungo, mas não corrige as manchas já existentes.
Dica: Não compre cal virgem velho nem com teor de cálcio inferior a 80%, encontrado em casas de material de construção e o sulfato de cobre, pó de cristais azuis deverá ter uma pureza mínima de 25% , encontrável em casas de produtos agropecuários.
A grande causa da antracnose em orquídeas é a manipulação das plantas com instrumentos de corte ou poda sem a devida esterilização bem como o excesso de umidade, seja pela irrigação exagerada ou dias chuvosos contínuos, uma das que mais sentem é a phalaenopsis. O ideal seria termos nossas 0rquídeas com cobertura plástica removível própria para estufas, sobre a tela de sombreamento. Isso evitaria o excesso de água em épocas chuvosas. A sugestão é o uso dessa cobertura plástica somente na parte superior, já que as laterais deverão estar livres para a ventilação do orquidário.
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Geralmente nas épocas mais quentes e chuvosas, aumenta a incidência de fungos no orquidário.
Existem muitos tipos de fungos que podem atacar raízes, pseudobulbos, folhas e até flores. Na maioria dos casos se apresentam na forma de manchas pretas ou marrons nas folhas e pseudobulbos. Em casos extremos matam a planta.
Pontos fundamentais a serem considerados: 
1-  Na natureza as orquídeas estão perfeitamente adaptadas às condições do meio ambiente.   Em ambiente natural saudável, é muito difícil vermos plantas com ataques fúngicos graves.
No orquidário, apesar dos nossos cuidados, temos condições adversas tais como o clima da região, alta concentração de plantas, plantas em diferentes estágios de desenvolvimento,  diferentes necessidades de cultivo para cada espécie, etc.   Tudo isso torna as plantas muito mais vulneráveis às doenças.
2 – Infelizmente, em função do item 1, teremos que utilizar defensivos em algum momento de nossas vidas.  São produtos na grande maioria tóxicos às pessoas e ao meio ambiente.
3 – Sempre consulte um orquidófilo mais experiente sobre o produto correto a utilizar.  Nunca faça testes em todas suas orquídeas.   Fique atento a vendedores de loja.  Leia atentamente a bula.
4 – Para atenuar o uso de defensivos, observe sempre as condições do local de cultivo.   Fungos gostam geralmente de calor, alta umidade, baixa ventilação, pouca luz e substrato velho.
Com a correção destas condições, o uso de defensivos será reduzido ao máximo.
- Mantenha espaçamento entre plantas.  Sistema de plantas penduradas proporciona maior arejamento.
- Não atrase os replantes.  Não reutilize vasos sem esterilização prévia.  Não reutilize substrato.
- Use substrato bem aerado (é melhor molhar mais).
- O uso de adubos orgânicos (Exemplo: torta de mamona) acelera a decomposição do substrato.
- Mantenha a cobertura limpa (lavagem do plástico).   Em caso de telado, deve-se avaliar a possibilidade de mudança para cobertura plástica em função da região e tipo de plantas cultivadas.
- Procure abrir as laterais do orquidário para maior ventilação.
5 – Todo defensivo possui efeito colateral nas plantas.  O uso incorreto pode causar intoxicação das mesmas ou tornar as doenças resistentes ao produto.
6 – Use sempre EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual):  Mascara, macacão, luvas e botas apropriados.   Mantenha equipamentos em boas condições e sem vazamentos.
É melhor prevenir do que remediar.
É fundamental uma inspeção visual periódica das plantas de seu orquidário para que este problema seja detectado no estágio inicial.
Tipos de fungicidas:
A – fungicidas protetores
São também chamados de fungicidas Tópicos ou “de Contato”.  Estes produtos formam uma película protetora na planta, impedindo assim a entrada de fungos.
São menos absorvidos e geralmente tem baixa toxicidade para as plantas.  Sua aplicação deve ser mais freqüente devido que as regas e/ou chuvas lavam a película protetora formada na planta ao longo do tempo, assim como as partes em crescimento que ficam desprotegidas (brotos, raízes, etc.).
O uso periódico e regular destes fungicidas previne o ataque de fungos e consequentemente reduz o uso de fungicidas sistêmicos.
B – fungicidas sistêmicos
Também chamados de Curativos. Estes produtos são absorvidos pela planta e agem internamente contra os fungos.  Os fungicidas sistêmicos não devem ser utilizados com a mesma freqüência que os fungicidas protetores devido maior possibilidade de intoxicação das plantas e também da formação de resistência dos fungos ao produto.
Deverão ser utilizados de preferência quando for detectada infestação fúngica no orquidário.
Existem ainda os fungicidas mesostênicos, que são um misto de Protetores e Curativos.
A combinação de mais de um tipo de fungicida alternando-se o uso dos mesmos é benéfica na atuação sobre os inúmeros tipos de fungos, assim como na redução da probabilidade de intoxicação da planta e criação de resistência do fungo ao defensivo.
Periodicidade entre as aplicações
Tipo: Fungicida protetor
Período entre pulverizações: 30 em 30 d9as
Obs.: Este período pode ser ajustado para mais ou para menos em função da incidência de fungos no orquidário e das condições de cultivo.
Recomenda-se o uso de fungicidas alternando o uso entre eles.
Tipo: Fungicida sistêmico
Período entre pulverizações: 
- Quando ocorrer infestações;
- Eventualmente como um “reforço! Preventivo (exemplo: antes da época chuvosa.
Obs.: Utilizar produto específico para cada tipo de doenç
Observações
- A maioria dos produtos em pó fica em suspensão na água onde são misturados, portanto, é fundamental que durante a pulverização, o recipiente seja constantemente agitado para evitar que os produto se precipite para o fundo, alterando a sua concentração.
- Não recomendamos a mistura de fungicidas com óleos solúveis e adubos, etc.
- O pH (acidez) da água influi muito na vida útil dos defensivos após sua aplicação.  Cada defensivo requer um pH de água específico, entretanto estas informações não são citadas nas instruções de aplicação constante das embalagens.
- De modo geral, o pH da água utilizada na mistura deve estar entre 5,0 e 6,0 (ligeiramente ácido).  Caso o pH esteja alto, o produto terá vida muito curta e, portanto não terá efeito.   Uma alternativa prática é a de se pingar 8 a 10 gotas de vinagre para cada litro de água da solução ou também utilizar produto adequado para correção do pH (válido para água tratada de Vitória-ES).
Para fungicidas a base de Cobre, esta regra não é válida, assim como para adubação.  Não recomendamos fungicidas a base de Cobre.
Devem ser utilizados equipamentos de proteção individual (EPI’s):
Máscara com filtro de carvão, luvas, botas, macacão impermeável.
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Pintas pretas
Defensivo: Cercobin (1 g/1) + Dithane (2 g/1). Não misturar soluções concentradas.
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Cercospora
Defensivo: Cercobin (1 g/l) ou Cerconil (2 g/l)
Aplicar em todo o orquidário. Repetir aplicação em 10 dias.
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Podridão mole
Defensivo: Aliette (2,5 (g/1)
Atenção para qualidade da água.
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Canela seca
Defensivo: Derosal
- Raspar/remover a área afetada;
- Deixar a planta de molho por 30 min. em solução a 1 ml/l;
- Passar o produto ligeiramente diluído, somente na região afetada;
- Aplicar preventivamente em todo o orquidário (0,5 ml/l).
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Bothrytis
Defensivo: Cercobin (1 g/l)
Pulverizar o defensivo na planta em botões – não regar flores – retirar planta do orquidário.
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Antrachnose (fungo)
Defensivo: Cercobin (1 g/l)
Cortar parte da planta e aplicar o fingicida protetor (Ex.: Dithane) na área cortada
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Todas as espécies vegetais possuem um determinado número de pragas e patógenos que as atacam. As orquídeas, embora plantas resistentes a muitas doenças que dizimam outras culturas, não são exceções. Há hoje identificadas mais de 130 doenças que afetam, em maior ou menor grau, as orquídeas, entre fungos, bactérias e vírus, somente nos Estados Unidos. No Brasil não é diferente. Pode-se afirmar com segurança, que não há coleção no Brasil que não apresente um número (maior ou menor, dependendo dos cuidados fitossanitários adotados) de plantas atacadas por doenças. Portanto, já que não é factível erradicar as doenças do orquidário, essencial se torna saber mantê-las sob controle, de modo a não afetar de forma significativa a produtividade e beleza das plantas.
O objetivo desse sumário é descrever as principais doenças fúngicas e bacterianas que atacam nossas orquídeas, comentar sobre sua patogenicidade específica, e sugerir formas de controle. Não há intenção de esgotar o assunto, visto que é muito mais amplo do que o escopo deste resumo, e está em constante evolução, com o surgimento de meios mais eficazes de controle, e ocasional surgimento de novas doenças.
Antes de tratar das doenças em si, convém listar algumas medidas práticas que podem e devem ser adotadas, visando minimizar a incidência de doenças nos orquidários.
Aqui o velho ditado se aplica à perfeição: “Prevenir é melhor que remediar”…
Cultive espécies ou híbridos adequados ao clima predominante, e proporcione às plantas as melhores condições possíveis em termos de cultivo (luz, água, adubação, umidade relativa, ventilação e substrato). Isso porquê as plantas “estressadas”, ou que estão em condições vegetativas insatisfatórias, são um convite ao ataque, tanto de pragas como doenças;
- Procure adquirir plantas isentas de doenças aparentes, e em bom estado de cultivo. Cuidado com aqueles “presentes” de um ou dois bulbos traseiros.
- Mantenha as plantas recém adquiridas afastadas do restante da coleção, por algum tempo (6 semanas), até ter certeza que não portam doenças ou pragas. Faça pelo menos um tratamento contra doenças, nestas plantas, durante este período.
- Nunca misture sua coleção de orquídeas com outras espécies de plantas, que pode ser vetores de doenças. Cultivar orquídeas junto com dracenas, samambaias, violetas, etc, não é recomendável.
- Faça uma inspeção detalhada de suas plantas, no mínimo uma vez por mês.
- Se surgirem problemas nestas inspeções, aja rápido, para evitar que o problema assuma proporções epidêmicas no orquidário, após o que, o combate se torna caro e incerto.
- Mantenha o orquidário limpo, sem restos de plantas, vasos velhos, flores murchas espalhados pelo chão e nas bancadas.
- A adequada ventilação do ambiente é ponto crucial no controle da maioria das doenças causadas por fungos e bactérias, que, em sua maioria, são transmitida pela água parada nas folhas e no substrato.
- Utilize fungicidas / bactericidas, quando necessário. Nunca aplique fungicidas sistêmicos de forma preventiva. Sempre alterne entre produtos, de modo a evitar o surgimento de resistência.
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A identificação de cogumelos permite saber quais os fungos que os produziram e que estão presentes nesse ecossistema, pois cada espécie de fungo investe um cogumelo único e com características particulares. Para, além disso, conhecer os cogumelos permite tirar algum proveito e benefícios, pois existem muitas espécies comestíveis ou com propriedades medicinais, mas também evitar ou manusear cuidadosamente os cogumelos venenosos ou tóxicos.
O processo de identificação é relativamente complicado e complexo, pois, no início, os cogumelos parecem todos iguais. No entanto, uma observação mais cuidadosa, rigorosa e pormenorizada, considerando algumas características morfológicas (macroscópicas e microscópicas), características mais sensoriais, como o cheiro ou sabor (organolépticas) e ecológicas, permite descobrir muitas diferenças e variações entre os cogumelos.
Contudo, na maior parte das vezes, os cogumelos de uma determinada espécie não apresentam rigorosamente todas as características como são descritos na maioria dos guias de identificação, pois como se encontram expostos aos fatores ambientais, como chuva, temperatura e ação dos animais, sofrem modificações constantes.
Para, além disso, ao longo do processo de maturação de um cogumelo, ou seja, desde que surge sob o substrato, tornando-se visível, até ao momento em que se encontra muito deteriorado, o cogumelo sofre alterações morfológicas – forma, cores, textura -, que podem confundir durante o processo de identificação.
Assim, para uma identificação correta e segura deverão ser observados diversos exemplares em diferentes fases de maturação.
Por outro lado, para identificar um cogumelo pela primeira vez, é essencial extraí-lo inteiro, com muito cuidado, do substrato onde se encontra (solo, troncos, ramos, folhas, excrementos), pois existem características diagnosticantes que se encontram enterradas.
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Agaricus Blazei
Os cogumelos aparecem em diversos ecossistemas, quando o teor de umidade do solo e a temperatura são propícios. No entanto, a existência de cogumelos num determinado ecossistema significa que as espécies de fungos produtoras desses cogumelos encontraram, nesse local, as condições ideais para se instalarem.
Estas condições são diferentes entre as espécies e estão relacionadas, principalmente, com o seu modo de nutrição. Além disso, algumas espécies são mais generalistas, ou seja, são menos exigentes e encontram-se em qualquer ecossistema, enquanto outras só aparecem em locais muito restritos.
Assim, a presença de um fungo num determinado local depende da sua biologia, mas também das características ambientais do local, como do tipo de vegetação e de solo, da presença de gado, etc.
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Os fungos não costumam ter boa fama. Geralmente são associados a doenças ou efeitos tóxicos.
Mas muitos tipos são comestíveis, funcionam como fermentos e são fonte do princípio ativo da penicilina.
Existem algumas espécies de fungos, os micorrízicos, que trazem benefícios para o jardim se forem cultivados junto com outras plantas.
Veja como cultivar estes fertilizantes naturais
1 – Compre esporos de fungos micorrízicos (mycorrhizal) em alguma loja de plantas.
Os esporos são as células reprodutoras que germinarão, dando origem a novos organismos.
Estas células minúsculas em geral são cor de mel, mas podem variar entre amarelo pálido e marrom escuro ou café.
2 – Existem várias técnicas para introduzir os cogumelos no jardim:
* Irrigação: dissolva os esporos dentro de um regador com água e, em seguida, molhe as plantas;
* Semeadura: espalhe os esporos entre as plantas e depois regue a área;
* Adubagem: misture os esporos em um punhado de húmus ou terra de terriço e distribua este adubo sobre a região das plantas.
3 -Dependendo das condições climáticas, em poucos dias você poderá observar os fungos crescendo entre as plantas.
O objetivo da incorporação deste biofertilizante é gerar uma relação simbiótica, ou seja, de mútuo benefício.
Os benefícios para as suas plantas serão:
* Maior utilização dos nutrientes e minerais do solo – o consumo de fósforo e carbono será mais eficiente;
* Melhor fixação das plantas em solos que sofreram erosão ou são pobres;
* Aumento do sistema radicular da planta. O fungo forma agregados no solo, proporcionando melhor estrutura e maior porosidade;
*Maior resistência das plantas em condições de estresse, como ataque de pragas, seca, salinidade ou falta de nutrientes no solo.
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liquens (Small)
Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas, Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.
Os líquens são vegetais simbióticos formados pela associação de uma alga microscópica com um cogumelo filamentoso.
Juntamente com os musgos, os liquens são as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica. Desse modo permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre estas rochas. Daí seu importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos, auxiliando o homem em seu preparo para a agricultura.
Os liquens são associações de fungos e algas, por isso são mais resistentes a variações ambientais e auxiliam no equilíbrio da natureza. Os liquens aquáticos auxiliam na transformação do monóxido de carbono em oxigênio, desintoxicando ambientes aquáticos e equilibrando o ecossistema.
musgos (Small)
Musgo – As vezes confundido com os liquens. São os maiores representantes das briófitas, apresentam 90.000 espécies já classificadas. São plantas avasculares e umbrófitas, ou seja, são desprovidas de vasos condutores de seiva e habitam ambientes sombrios e úmidos.
Algumas espécies de musgos podem ser encontradas em habitats desérticos e ainda formarem extensos tapetes sobre rochas expostas. Apresentam rizóides, caulóides e filóides.
São plantas criptógamas, apresentam o órgão reprodutor escondido e não apresentam flores. Dependem de água para sua reprodução, onde a fase dominante é o gametófito.
Os musgos são plantas de pequeno porte, apresentam poucos centímetros de altura, justamente por não apresentarem vasos condutores. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutrientes que é feito célula a célula.
No Brasil, existem cerca de 1964 espécies de musgos, mas poucos são os que conseguem identificar as espécies corretamente. No Brasil, podemos encontrar, no máximo, 10 especialistas em identificação de musgos. Os liquens são divididos em quatro tipos: crustáceo, escamoso, foliáceo e arbustiforme.
Este grupo tem uma importância econômica muito limitada. O maior uso comercial é na exploração de espécies do gênero Sphagnum para enfeitar vasos de flores e como condicionador de solo. No exterior, no norte da Europa, já tiveram alguma importância no tratamento de feridas (Sphagnum)e contribuíram para a formação de extensos depósitos de turfa, usada como combustível e condicionador de solo. Existem alguns indícios de Briófitas que produzem substâncias com ação antibiótica, mas não parecem ter sido explorados em escala comercial. São muito sensíveis a pequenas modificações ambientais e funcionam como excelentes indicadores ecológicos em muitos casos.
Apesar do aspecto modesto, os musgos têm grande importância para os ecossistemas. Juntamente com os líquens, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica. Desse modo, permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre essas rochas. Daí seu importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos.
fungo
Os fungos são seres vivos muito comuns em jardins e plantas em geral. São fundamentais para a ecologia do planeta, atuando lado a lado com as bactérias no processo de reciclagem de matéria e são muito importantes na fabricação de produtos muito consumidos no mundo inteiro, como o álcool etílico, queijos e pães.
Muitos tipos são comestíveis, funcionam como fermentos e são fonte do princípio ativo da penicilina. Existem algumas espécies de fungos, os micorrízicos, que trazem benefícios para o jardim se forem cultivados junto com outras plantas. Veja como cultivar estes fertilizantes naturais.
Por isso veja passo-a-passo como cultivar os fungos:
Compre esporos de fungos micorrízicos (mycorrhizal) em alguma loja de plantas.
Os esporos são as células reprodutoras que germinarão, dando origem a novos organismos. Estas células minúsculas em geral são cor de mel, mas podem variar entre amarelo pálido e marrom escuro ou café.
Existem várias técnicas para introduzir os cogumelos no jardim:
Irrigação:
 dissolva os esporos dentro de um regador com água e, em seguida, molhe as plantas.
Semeadura: espalhe os esporos entre as plantas e depois regue a área.
Adubagem:
 misture os esporos em um punhado de húmus ou terra de terriço e distribua este adubo sobre a região das plantas.
Dependendo das condições climáticas, em poucos dias você poderá observar os fungos crescendo entre as plantas.
O objetivo da incorporação deste biofertilizante é gerar uma relação simbiótica, ou seja, de mútuo benefício.
Os benefícios para as suas plantas serão:
- Maior utilização dos nutrientes e minerais do solo – o consumo de fósforo e carbono será mais eficiente;
- Melhor fixação das plantas em solos que sofreram erosão ou são pobres;
- Aumento do sistema radicular da planta. O fungo forma agregados no solo, proporcionando melhor estrutura e maior porosidade;
- Maior resistência das plantas em condições de estresse, como ataque de pragas, seca, salinidade ou falta de nutrientes no solo.
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